Workshop "Avaliar a Biblioteca Escolar"

Workshop "Avaliar a Biblioteca Escolar"

 Planificação do Workshop "Avaliar a Biblioteca Escolar"

 

Objectivos

* Reflectir sobre o papel da Biblioteca Escolar na vida do Agrupamento de Escolas do Vale de Ovil;

* Criar condições para o conhecimento do modelo de auto-avaliação da Biblioteca Escolar e necessidade da sua implementação.

Destinatários

* Direcção;

* Conselho Pedagógico;

* Equipa de Avaliação Interna da Escola.

Duração

1,5 horas

Calendarização

Novembro/2009

Metodologia

 

* Trabalho de grupo (30 minutos) – 3 parâmetros de discussão:

          A Sociedade da Informação e da Comunicação: que consequências e desafios para a educação e para o ensino?

          Avaliação interna da Escola: porquê e para quê?

          Biblioteca Escolar: quais as áreas de intervenção na Escola?

 

* Apresentação e discussão das conclusões em grande grupo (20 minutos)

 

* Apresentação do modelo de avaliação (Ver Powerpoint; abre em pdf). Diálogo sobre o mesmo (40 minutos)

 

 


Um trabalho, um comentário...

 

“Gostei bastante do teu trabalho [Maria da Conceição Azeredo] sobretudo a forma como foi planificado. Dos vários aspectos positivos, destaco o segundo trabalho que propões, em pequenos grupos, e que possibilita a reflexão sobre as oportunidades e constrangimentos passíveis de serem encontrados quando se implementa este modelo e o transpomos para o caso concreto de um agrupamento ou Escola. Como tu referes, estando presentes os principais elementos de articulação curricular poder-se-ão encontrar diferentes visões e meios de adaptar a auto-avaliação ao contexto. Por outro lado, será uma forma de começar a envolver outros professores neste trabalho que só é possível de ter bons resultados caso haja o empenhamento de toda a Escola. A ideia de divulgar antecipadamente a documentação necessária ao Workshop, através da plataforma Moodle, também me pareceu interessante, pois possibilita o conhecimento atempado da temática a abordar.

 

Em relação aos constrangimentos, é sempre difícil a sua identificação. Os que agora vou referir dizem respeito à aplicação do Workshop no caso concreto do meu agrupamento. Uma das dificuldades estaria no tempo proposto para a actividade (3 horas). Os professores estão numa fase excessivamente burocrática e tenho verificado que, de uma forma geral, encontram-se pouco receptivos a participar num Workshop (independentemente da carga horária). Embora a ideia que nos tenha sido proposta para o trabalho seja muito interessante, os professores participam se houver creditação das formações ou caso o assunto seja do seu interesse e, neste momento, grande parte dos professores não está suficientemente motivada para cooperar nestes processos avaliativos, quer seja a avaliação interna da escola, quer estejamos a falar da avaliação da biblioteca. O outro constrangimento que encontraria no meu Agrupamento seria o de arranjar um espaço físico adequado para o efeito (a escola tem uma ocupação excessiva, estando em fase de requalificação) e um tempo que fosse comum aos vários professores. Só para exemplificar, refiro que as nossas reuniões do Conselho Pedagógico ocorrem após as 18.30 horas, final de um dia de trabalho, em que o cansaço já não é bom conselheiro para motivar a uma participação voluntária neste tipo de iniciativas.”

 


O meu trabalho visto por...

 

Maria da Conceição Azeredo

 

"Boa noite, Hermínia

 

Após ter lido alguns trabalhos, constatei que, de uma forma ou de outra, todos incidem nos mesmos aspectos fundamentais, apesar da diversidade de formatos. Em todos se nota a preocupação de envolver a comunidade educativa no processo de auto-avaliação da Biblioteca, a insistência em referir o carácter formativo desta avaliação e a importância de salientar noções e conceitos como “valor”, “evidências”, “eficácia” e “resultados”. Significa isto que todos caminhamos na mesma direcção e que, desta maneira, lendo e analisando os trabalhos uns dos outros nos vamos formando e ajudando mutuamente.

 

Resolvi, no entanto, escolher para comentar o teu trabalho, por vários motivos. É apelativo, de uma grande simplicidade, o que só atesta o grande trabalho reflexivo que tiveste, e consegue, de facto, condensar o que de essencial deve ser discutido pela Escola.

 

O facto de teres escolhido para público-alvo a equipa de Avaliação Interna e toda a Direcção do Agrupamento pareceu-me uma estratégia muito inteligente, pois é uma forma de mostrar à Escola que a Biblioteca é uma peça fundamental na Avaliação da própria escola. Por outro lado, gostei bastante da escolha das três questões iniciais que serviriam para lançar o debate.

 

São suficientemente latas, mas ao mesmo tempo dirigidas para o objectivo em questão, que é motivar para a aplicação do modelo. Um terceiro aspecto que gostaria de referir é o facto de apresentares já o domínio escolhido, o que poderá ser mais motivador para os destinatários do workshop. Apenas um senão: parece-me que 1 hora e meia é demasiado curto. Afinal, para a maioria, tudo isto é completamente novo.

 

Uma última nota para os dois constrangimentos que assinalaste e que são sem dúvida grandes obstáculos a combater. Será que conseguiremos? A curto prazo, tenho dúvidas!

 

Conceição Azevedo"

 

Elisabete Silva

 

“Olá, colega.

 

Após ter analisado alguns trabalhos, verifiquei que:

Todos referem os mesmos aspectos fundamentais.

A preocupação de envolver a comunidade educativa neste processo de auto-avaliação e a insistência em referir o seu carácter formativo são constantes.

 

Relativamente a este trabalho, considero que:

 

  1.  A apresentação é muito apelativa, simples, reflexiva e muito centrada no que efectivamente deve ser discutido pela comunidade educativa.

  2.  A selecção dos destinatários revela a preocupação (julgo que comum a todos os professores bibliotecários) de envolver a Direcção e Docentes num processo que se pretende acompanhado, cooperativo e articulado.  

  3.  As três questões iniciais que serviriam para lançar o debate chamaram-me a atenção. Penso que é certamente uma óptima estratégia para “despertar”, motivar/consciencializar os nossos colegas para o que nos espera.

  4.  O facto de ser já apresentado o domínio escolhido revela que a vossa equipa já delineou um caminho a seguir e o trabalho será todo ele mais orientado para esse domínio, reduzindo eventuais dispersões.

  5.  As dificuldades de implementação deste modelo de auto-avaliação referidas são totalmente partilhadas.

  6.  Estamos todos, efectivamente, a tentar subir o primeiro degrau. (Para onde iremos? Será que chegaremos?...)

 Elisabete Silva”

 

Maria José Cruz

 

“Olá Hermínia

 

Antes de mais os parabéns pela apresentação gráfica, muito esquemática e pela clareza do teu trabalho. Vai certamente, “espevitar” os participantes. Apreciei os três pontos de reflexão. Alertar para as novas formas de aprender – o aluno construtor do seu próprio conhecimento – o professor bibliotecário gestor de literacia da informação e a aprendizagem dentro e fora da Biblioteca, são pontos que conseguiste focar muito bem. Ir ao encontro do que o aluno necessita vai exigir muito esforço. Como constrangimentos, poderia assinalar as dificuldades na aferição dos impactos. Recorrer a evidências, fazer o seu tratamento (há evidências que são apenas informação) e retirar delas ilações são tarefas demoradas e complexas se não tivermos uma equipa com formação e com tempo disponível. O envolvimento de todos, professores, alunos, pais ou seja de toda a comunidade educativa é outro desafio apontado por ti e que eu partilho, mas é verdade que não depende só de nós. Gostei da frase com que terminas, “ O caminho faz-se caminhando”. Eu acrescentaria “…com paixão.”

 

 Maria José Cruz”