Um comentário final à acção de formação...

Um comentário final à acção de formação...
 Do questionário de avaliação da acção de formação Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar.

 

“A principal crítica a esta formação prende-se com o tempo que foi pensado para a concretização das actividades propostas. Sem dúvida que a temática é de grande relevância para a nossa prática profissional. Contudo, é preciso pensar que, para haver qualidade no trabalho desenvolvido e este poder ser aproveitado para o caso concreto da nossa biblioteca, é necessário que os formandos tenham o tempo necessário para concretizar as tarefas e analisarem o trabalho dos colegas, pois é nesse espírito de partilha e pesquisa que realmente se aprende. A formação deve estar ao serviço do formando e não o contrário.

 

Como melhorar? Para além da referida necessidade de adequar horas de trabalho individual à tarefa solicitada, saliento 3 outros aspectos:

1º) Em regime de e-learning os grupos de trabalho deverão ser bastante mais, para haver a possibilidade de se aprender com o trabalho de TODOS os colegas e não apenas de alguns (por vezes, em certos fóruns tentou-se uma aproximação a esta ideia quando não se permitiu a inscrição de mais do que 12 elementos). Resumindo, acho que era importante uma melhoria do modelo tutorial, até para se conseguir uma maior interactividade entre todos os formandos.

2º) Sendo a maioria dos formandos do distrito do Porto, faria todo o sentido que o local das sessões presenciais estivesse mais próximo do local de trabalho/residência.

3º) Tendo-se escolhido para a realização do trabalho final um meio da Web 2.0 que parte do espírito de partilha e comunicação entre todos os participantes, penso que os aspectos positivos que seriam conseguidos com a abertura dos blogues, desde o início, a todos os formandos, seriam superiores aos negativos, já que serviriam não só de apoio ao trabalho individual, mas funcionariam como incentivo à melhoria do nosso próprio trabalho. Percebi que, enquanto elemento de avaliação, poderia haver algum interesse em manter “escondido” esse trabalho individual, mas... mais importante do que a valorização do produto final, não teria sido mais proveitosa a construção conjunta desse conhecimento, privilegiando o processo? Pessoalmente penso que sim.

 

Sendo assim, levanta-se uma questão final: valeu a pena? Apesar dos aspectos negativos anteriormente mencionados, claramente a formação valeu a pena. Faltam mais formações que nos permitam melhorar as nossas práticas. Os materiais fornecidos são muito pertinentes, relevantes, actualizados e, embora por vezes tenha sido necessário fazer leituras na diagonal, fruto do pouco tempo disponível, eles serão guardados para uma análise futura mais pormenorizada. Considero também uma mais-valia a realização de formação a partir de plataformas de ensino à distância.

 

Fica uma palavra final de apreço às duas formadoras, Adelina Paula e Raquel Ramos, e ao excelente trabalho que desenvolveram. Para além de terem aturado os nossos desabafos, sobretudo no que toca à falta de tempo que sentimos para realizar as tarefas pedidas, mostraram-se sempre disponíveis para esclarecer dúvidas e apresentarem sínteses de sessões com grande qualidade, com algumas “dicas” fulcrais à melhoria global do trabalho”.