A biblioteca escolar no contexto da mudança
Identificar os pontos fortes, as fraquezas, oportunidades, ameaças e desafios das nossas bibliotecas é o primeiro passo a percorrer quando temos em vista perspectivar práticas adequadas aos novos contextos em que se insere a biblioteca.
Ao professor bibliotecário são exigidas novas competências que permitam organizar e gerir este serviço educativo, de um modo cooperativo e articulado, não apenas com a restante equipa da biblioteca, mas tendo em conta toda a comunidade educativa. Só assim a biblioteca poderá ser "espaço de conhecimento e aprendizagem", onde os alunos aprendam mais, desenvolvam diversas competências e melhorem os seus resultados académicos.
Não poderá ser este um dos caminhos para o sucesso escolar?
Tags:
Um trabalho, comentário...
"Mais do que concordar ou discordar com a análise feita pela Teresa, pois cada escola ou agrupamento apresentam características que, de certa forma, os individualizam, achei importante partilhar algumas (breves) reflexões que me foram sugeridas pela leitura deste trabalho e que considero fulcrais, pois remetem-nos para problemas ou, se preferirmos, para os grandes desafios que se colocam actualmente à actuação do professor bibliotecário.
Assim, ao reler o papel do professor bibliotecário no actual contexto educativo, é interessante notar que, embora sendo um professor entre professores, cada vez mais ele se torna um especialista da informação, capaz de a gerir e transformar em conhecimento. Isto significa, antes de mais, adequar a sua acção ao meio em que se insere, conhecer aquilo que o António apelida como sendo o sistema micro.
Todos nós aceitamos o papel fulcral da Biblioteca e que deve estar assinalado e reconhecido nos diversos documentos orientadores da vida escolar, sobretudo no projecto educativo da escola/agrupamento. Esta visão remete-nos para as diversas mudanças que nos últimos anos têm vindo a ocorrer a nível das bibliotecas, desde a sua integração na Rede de Bibliotecas Escolares, passando pelas candidaturas ao Plano Nacional de Leitura e, ultimamente, pela legislação que contempla a instituição da figura do professor bibliotecário.
São novas perspectivas e possibilidades que se abriram, mas, por outro lado, levam à necessidade de conceber e concretizar projectos de acção que se integrem no contexto do projecto educativo, sejam adequados ao currículo, promotores de sucesso escolar e que fomentem o desenvolvimento de diversas competências, nomeadamente as respeitantes às literacias. Estes objectivos serão mais facilmente conseguidos se a biblioteca realizar um trabalho cooperativo, articulado com os restantes professores. E não é uma tarefa apenas da responsabilidade do professor bibliotecário; compete a toda a equipa da biblioteca ou, se formos mais precisos, é uma obrigação de toda a Escola. Só assim se conseguirá criar condições ou oportunidades para que a biblioteca possa cumprir a sua missão, passando a ter o tal “papel informacional, transformativo e formativo” que a Teresa realçou da bibliografia consultada."
